Na
cultura actual há, por vezes, uma exagerada visão economicista da sociedade.
Sendo certo que as pessoas precisam de poupar e sem poupança não há
investimento, é também certo que a vida não é só economia e gestão. No entanto
aplicando esta visão ao estado, à república e à empresa que as gere temos: O
estado é uma comunidade politicamente organizada; portanto organizada pelo
poder e em função desse poder, ou melhor, o estado somos todos nós. A república
é constituída pelo património material de todos nós, pelos bens públicos, pelos
bens comuns. A empresa que gere a república e o estado, adopta uma firma, um
nome; este nome é habitualmente o nome do respectivo país, nação ou estado.
Esta empresa que gere os recursos, bens e património público tem os seus
directores executivos escolhidos pelos accionistas. Accionista é cada pessoa,
cada cidadão detentor de uma fracção da república, do património público, dos
recursos públicos. Cada cidadão, cada accionista, com o seu voto elege a administração
que vai gerir o seu e o nosso património, os nossos recursos. Se os
administradores eleitos fossem realmente eficazes e eficientes; essa empresa
gestora dos recursos públicos, teria que dar lucro e distribuir dividendos
pelos accionistas, pelos cidadãos, mas esta empresa tem tido sempre orçamentos
deficitários; não só não dá lucro como ainda cobra taxas e impostos aos seus
accionistas, aos cidadãos que elegeram a sua administração. Está pois na altura
de mudar o sistema, de acabar para sempre com as eleições de administradores,
de devolver o poder aos accionistas que em assembleia geral passam a votar em propostas orçamentais e de
decisão sobre o seu património, sobre os seus recursos, sobre a produção, enfim
sobre a organização do estado e os bens da república. Um estado assim
organizado, onde sempre se votam
propostas e nunca em administradores nem governantes, é um estado mais
eficaz e mais eficiente, capaz de gerar riqueza e distribuir dividendos pelas
pessoas. É um estado de maior felicidade, maior bem-estar, maior longevidade. É
um estado de Democracia
Directa. Dia 10 de Julho
de 2014